Meus celulares.

Clara Dantas
6 min readMay 31, 2024

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Desde que passei a me aventurar nas águas do minimalismo digital, mergulhei também numa espiral de vídeos sobre celulares antigos. Algo até esperado, visto que sou uma pessoa extremamente nostálgica.

Estando hiperfocada nisso, hoje venho, por mera diversão, comentar a respeito de alguns aparelhos móveis que já tive. Vamos lá?

⭐ Favoritos

3º lugar: Motorola C355V

O meu possuía detalhes em azul, não em verde. Infelizmente, não consegui encontrar nenhuma imagem em boa resolução de um modelo igual a ele.

Este foi o segundo celular que tive na vida (o primeiro com tela colorida!), muito provavelmente em 2006. Ele era da minha tia mais nova, Nathália. Eu sempre ficava com os aparelhos dela. Vale lembrar que, nessa época, os celulares com câmera até existiam, mas ainda não estavam próximos à minha realidade.

A bateria deste aqui durava literalmente uma semana! Toda noite eu o desligava e o guardava em uma gaveta. Dá pra imaginar?

Lembro que, como não havia muito o que fazer nele, eu tinha o hábito de ficar bloqueando e desbloqueando o teclado, repetidamente. Você apertava no botão superior (acredito que o direito) e em asterisco para poder fazer isso. Só os fortes lembrarão.

2º lugar: Motorola RIZR Z3

Este aqui eu usei na época da escola, acredito que em 2008 ou 2009. Antes de chegar até as minhas mãos, ele pertencia à minha prima Ana Clara (Naninha para os íntimos).

Só o fato de ter Bluetooth já o tornava especial, pois até então eu usava apenas o infravermelho para compartilhar arquivos.

Tenho a impressão de que este modelo oferecia as mesmas funções do V3 ou até mesmo que era uma versão melhorada, pois ele ostentava um design diferenciado: você deslizava a tela para cima e só então o teclado aparecia. Lindo demais.

No fim das contas, eu o utilizava mais como um mp3 player, selecionando muito bem as músicas para que coubessem no cartão de memória de 2GB.

1º lugar: Motorola EX112 ou EX115

Os dois modelos (EX112 e EX115) eram basicamente idênticos, por isso não tenho certeza de qual possuí.

Este aqui tem meu coração. Guardo boas memórias dele.

Quando o usei, eu tinha acabado de entrar para a faculdade, em 2012. Provavelmente foi comprado de segunda mão. Eu tinha o “celular do ladrão”, um bastante simples; e este era o meu “celular bom”.

Novamente, eu gostava muito de usá-lo para ouvir música, principalmente enquanto viajava de Caicó a Campina Grande e vice-versa. Olhando bem para ele, lembro sempre da música Take Her Out, de Alice In Chains. Uma das primeiras a tocar no meu repertório.

Este era o wallpaper que eu costumava usar.

O teclado físico QWERTY era a cereja do bolo. Na época, as pessoas ainda não usavam WhatsApp, então meu círculo de amigos se comunicava bastante por SMS. Era ótimo para digitar.

Passei boas madrugadas ao lado dele.

🏅 Menções honrosas

Huawei G6620

Esta foi a única foto em boa resolução que consegui achar do aparelho nas mesmas cores do meu.

Este foi o meu primeiro celular comprado novinho, direto da loja. O antecessor do Favorito nº 1. Lembro que custou pouco mais de trezentos reais — pode parecer pouco, mas era uma quantia considerável naqueles tempos.

Eu estava terminando o Ensino Médio, em 2011. Ano de vestibular.

Também foi meu primeiro e único celular da Huawei, já que na época não tínhamos grana para um Blackberry.

Eu usava esta imagem como wallpaper, pois se encaixava perfeitamente na tela e o laranja oferecia um contraste legal com relação ao preto da carcaça.

LG T375

Meu primeiro celular com tela touch, também comprado novinho na loja. Lembro que eu contava os minutos durante a primeira carga, ansiosa para poder mexer nele.

O menu era tão bonitinho, os aplicativos meio que ficavam dispostos em uma estante de madeira.

O triste sobre esse celular é que ele foi lançado em 2012 e em pouco tempo tornou-se obsoleto, pois não possuía sistema Android. No ano seguinte eu já havia trocado para um usado, porém mais avançado: o próximo da lista.

LG Optimus L5

Um verdadeiro dinossauro dos smartphones. Travava MUITO, ele só está aqui por ter oferecido o meu primeiro contato com o sistema Android. Antes disso, eu não sabia nem o que era WhatsApp. Algumas fotos que eu tirava com ele estão até hoje lá no começo do meu Instagram (2013).

A foto a seguir, tirada por uma colega de sala, revela como eu gostava de usá-lo: para ouvir música, como sempre.

Cabelo curto e braços desnudos, ainda com poucas tatuagens. Outra Clara, outra vida.

O que eu uso agora?

Depois de 4 anos com o meu Xiaomi Redmi Note 8, provavelmente o maior tempo que passei com um único aparelho, dei o braço a torcer e voltei para o ecossistema da Apple, dessa vez com o iPhone 11.

Já tive os modelo 4s em 2017 e o 5s em 2018, mas por pouquíssimo tempo, pois os comprei usados (até mesmo ultrapassados) e não estavam em boas condições de funcionamento.

Comparativo: Redmi Note 8 (Xiaomi) e iPhone 11 (Apple), ambos lançados em 2019. O primeiro infelizmente estava travando muito. Já o segundo, continua relevante e funcional, mesmo em 2024. Além disso, as duas câmeras do iPhone superam as quatro do Redmi.

Esse de agora também é usado — assim como a maior parte dos aparelhos aqui citados. Isso não é um problema para mim.

Por mais que no momento já estejamos no iPhone 15, sei muito bem que o 11 é o suficiente para criar conteúdo (fotos e vídeos) de qualidade e publicá-lo nas redes sociais.

Atualizações são importantes, fato, e ele ainda as está recebendo. Mas se você der uma pesquisada no YouTube, vai encontrar vídeos de pessoas mostrando com orgulho seus iPhones 8, 7 Plus e até mesmo 6 Plus, em pleno 2024. Uma forma de combater o consumismo exacerbado.

Conclusões

Apenas enquanto estava desenvolvendo este texto, percebi que meus modelos favoritos eram todos da Motorola. Coincidência? Provavelmente não.

Há ainda muitos outros celulares que eu usei, mas que não consegui lembrar — incluindo um pretinho que era meu xodó, possuía tela colorida, câmera traseira e um joguinho de RPG que eu amava.

Descobri, também, que nunca tive um celular flip. Como pode? Me sinto uma farsa como millennial.

O mais impactante, para mim, é perceber o quanto a tecnologia avançou em pouco tempo. Em 2005, a tela do meu celular sequer tinha cor. 19 anos depois, as possibilidades são múltiplas. O céu é o limite.

Quando menos esperarmos, já estaremos vivendo no universo de Black Mirror. Mas isso é assunto para outro texto…

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